quarta-feira, 6 de junho de 2007

A Sétima Actuação

Mais um Concerto de Natal! Natal 2006!
Aproveitou-se este concerto para estrear mais algumas canções natalícias:
"Velo Que Bonito" - uma espectacular cantiga originária da Colombia que intercala um tema, ora no modo maior, ora no modo menor;
"Jesus Nasceu" - tema de G. F. Haendel que o maestro Luís Claudino Vieira arranjou e harmonizou, juntando-lhe uma letra muito simples, em português;
"Natal de Jesus" - tema original, a quatro vozes, de Mário Pinto do Nascimento;
e "Noite Feliz" - um original de Franz Gruber (que já é um clássico), numa harmonização de Luís Claudino Vieira.
Para além destes temas eminentemente natalícios, cantaram-se também outros novos temas, também eles bastante interessantes sob um ponto de vista estritamente musical. São eles:
"Trai-Trai" - harmonizada por Manuel Faria;
"Penteia Ó Dona Aurora" - por Sibertin Blanc;
e "Lord I Want" - um belíssimo Espiritual Negro.
O que descobrimos acerca do autor de "Penteia Ó Dona Aurora" (canção originária da Região Autónoma dos Açores - cremos!):

Nascido em Paris, Antoine Sibertin-Blanc, foi aluno, de 1945 a 1954, na Escola César Franck onde recebeu uma formação multidisciplinar, obtendo nomeadamente, sob a orientação de Édouard Souberbielle, o Diploma de Órgão e de Improvisação. Além de Piano e Órgão, estudou também Canto Gregoriano, Direcção Coral e Composição. Beneficiando, simultaneamente, do ensino de Maurice Duruflé no Conservatório Nacional Superior de Paris, foi nomeando em 1952 organista da Maîtrise de la Madeleine e Maître de Chapelle de S. Merry. Em 1955, deixou Paris para assumir em Luxemburgo, durante cinco anos, o cargo de organista da Igreja de S. José.
Em 1961, face à oportunidade de ensinar órgão em Lisboa no Centro de Estudos Gregorianos, recentemente fundado, não hesitou. À sua chegada, beneficiando logo de um conjunto de circunstâncias favoráveis, foi nomeado em 1965 titular do grande órgão da Sé Patriarcal e, mais tarde, da classe de Órgão da Escola Superior de Música de Lisboa, dois lugares-chave na música de um país que, após um longo declínio, redescobriu pouco a pouco as maravilhas do seu próprio património, restaurando os seus órgãos e, pela mesma ocasião, acedeu ao conhecimento e à prática do grande repertório organístico universal.
Atento a todos os aspectos deste renascimento, Antoine Sibertin-Blanc prosseguiu incansavelmente a sua tarefa de divulgação através do país. No plano internacional, deu concertos pela Europa, designadamente na França, Alemanha, Itália, Espanha, Áustria, Holanda, Bélgica, Suécia, Dinamarca e Noruega, em alguns países da ex-União Soviética, e no Brasil. Embora o seu repertório abranja compositores desde a época pré-clássica até aos nossos dias, a sua permanência em Portugal levou-o a interessar-se de um modo muito particular pela música ibérica, para cuja interpretação é amiúde convidado.
No campo do disco, as suas realizações publicadas, nomeadamente pelas etiquetas Erato, Arion, Polygram e Movieplay ocasionaram as melhores críticas. Além disso, realizou inúmeras gravações para as estações de rádio e televisão de diversos paíse.
Em 1999, Antoine Sibertin-Blanc foi honrado com o título de Comendador da Ordem de Santiago de Espada pelo Presidente da República Portuguesa.

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